terça-feira, 6 de novembro de 2007


Rejeição em casa e no mercado de trabalho
Na maioria das vezes, o preconceito contra quem tem Síndrome de Down começa em casa. A assistente social Cecília Lima de Souza revela que há pais que, principalmente das classes mais abastadas, escondem seus filhos portadores de necessidades especiais com medo dos comentários do meio social. "São como animais criados em cativeiros", repudia.
A especialista explica que essa rejeição familiar causa traumas ainda maiores e prejudica o desenvolvimento dos portadores. Segundo ela, na maioria das vezes a família aceita a situação porque se trata de um filho. "A aceitação é muito difícil porque todos querem ter filhos perfeitos."
Essa perfeição buscada pelos familiares de quem tem Down, segundo ela, é algo impossível porque todos os seres humanos têm limitações. A assistente social orienta que os portadores da síndrome não sejam excluídos da afetividade nem da sociedade
Se na família o preconceito é grande, no mercado de trabalho a situação é ainda pior. Não há um único caso de Síndrome de Down trabalhando nos órgãos públicos ou em empresas privadas do Acre.
A falta de oportunidade de trabalho é creditada por Cecília Lima de Souza à insensibilidade dos empresários acreanos, "que agem com preconceito e sem visão global de gerar empregos".
Habilidoso com os trabalhos manuais, Francisco das Chagas da Silva Garcia, 25, furou o bloqueio e trabalhou durante poucos meses como garçom num hotel da cidade. Saiu porque os outros colegas zombavam da sua condição e mostravam revistas masculinas a ele. "Saí porque sou evangélico e não gosto de ver mulher pelada. Mas estou atrás de emprego para comprar roupa, sapato e um celular para minha mãe me encontrar quando quiser", explica.


Postado por:Luisa


Autor:desconhecido

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